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APÓS CAMPANHA ATÍPICA OFUSCADA PELA PANDEMIA, ELEITORES ESCOLHEM PREFEITOS E VEREADORES NESTE DOMINGO

Publicado em 13/11/2020 Editoria: Política sem comentários Comente! Imprimir


Informações: Reuters / Foto: TSE

Informações: Reuters / Foto: TSE

Eleitores nas 5.568 cidades do Brasil vão às urnas no domingo para escolher prefeitos e vereadores em uma disputa eleitoral atípica, ofuscada pela pandemia de Covid-19, com uma campanha mais curta para um pleito adiado em mais de um mês.

Além das propostas dos mais de 19 mil candidatos a prefeito e dos mais de 518 mil a vereador em todo o país, as quase 148 milhões de pessoas aptas a votar terão de levar em conta ao sair de casa no domingo os protocolos sanitários para prevenir a disseminação da Covid-19, doença que já matou mais de 164 mil pessoas no Brasil, como distanciamento, uso de máscara e álcool em gel.

Todo este cenário faz da eleição de 2020 uma votação sem precedentes, com a adoção de uma série de medidas por parte da Justiça Eleitoral, como a ampliação do horário de votação em uma hora e um horário preferencial –das 7h às 10h– para eleitores com mais de 60 anos, que são parte do grupo de risco da Covid-19.

As consequências da peculiaridade envolvendo o pleito também se fazem presentes no jogo político. “É uma eleição que não pode ser comparada com a de 2018 e provavelmente não poderá ser comparada com a de 2022”, disse à Reuters o cientista político e professor do Insper, Carlos Melo.

Como exemplo, ao contrário do pleito que elegeu há dois anos o presidente Jair Bolsonaro e nomes até então desconhecidos para comandar Estados importantes, nesta eleição as pesquisas nas principais cidades do país apontam, até este momento, que o eleitorado não tem buscado um nome de fora da política, preferindo figuras carimbadas e candidatos à reeleição. “Não é uma eleição para outsiders”, resumiu Melo. Outra característica apontada por Melo, com base nas pesquisas nas maiores cidades, é a ineficiência de padrinhos políticos para impulsionarem candidaturas.

Bolsonaro, cuja rejeição em São Paulo aumentou e aprovação no Rio de Janeiro caiu, de acordo com o Datafolha, declarou apoio ao deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), na capital paulista, e à reeleição de Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio. Ambos, a considerar o que apontam as pesquisas, correm sério risco de sequer chegarem ao segundo turno, depois de perderem intenção de voto ao longo da campanha.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no passado foi decisivo nas eleições de Dilma Rousseff à Presidência em 2010 e de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012, também não tem sido um cabo eleitoral efetivo em 2020.

MENOS CORPO A CORPO

A campanha mais curta e as regras de distanciamento social para frear a disseminação do coronavírus, que inibiram parte do tradicional corpo a corpo entre candidatos e eleitores, estão entre as possíveis explicações para a falta de adesão do eleitorado a nomes pouco conhecidos.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) aposta em mais uma possível peculiaridade desta eleição: “Acho que terá uma alta abstenção”, disse o deputado à Reuters, apontando que muitos eleitores podem optar por evitar uma eventual exposição ao vírus. Para ele, a campanha mais curta, além de beneficiar nomes mas conhecidos, também aumenta a influência do poder econômico na eleição, o que avalia como um “desserviço”.

Na campanha de rua, na avaliação do deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), vice-líder de bloco que reúne partidos do centro na Câmara, a preocupação com a Covid-19 parece ser maior nas capitais do que no interior. “O que vejo como expectador é que a pandemia restringiu bastante a campanha nas capitais, mas nos interiores, as campanhas estão ocorrendo como se não existisse pandemia”, relatou.

O segundo turno, nas cidades com mais de 200 mil eleitores nas quais o mais votado no domingo não conseguir mais que 50% dos votos válidos, será realizado duas semanas após o pleito de domingo, no dia 29 de novembro.

› FONTE: https://dahoranews.com.br/2020/11/13/apos-campanha-atipica-ofuscada-pela-pandemia-eleitores-escolhem-prefeitos-e-vereadores-neste-domingo/


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